A ponte entre a excelência e a moda
Joaquim Salgado
Magia ao estilo do mundo dos ‘hobbits’
Catarina Araújo
Arquiteta no atelier CC Arquitetura Lda.
Há 30 anos, vendo a vida aos olhos de uma criança, imaginava que a minha casa teria janelas e portas coloridas, um baloiço à entrada e seria coberta de relva, com um toque de magia ao estilo do mundo dos ‘hobbits’.
Não consigo localizar o momento exato em que essa imagem da casa ideal se foi desvanecendo em mim, mas o caminho da vida fez com que me tornasse arquiteta e percecionasse o mundo de forma diferente, levando-me a questionar sobre o que realmente importa no espaço que habitamos e, dessa forma, poder estar mais próxima da vontade de todos os que confiam em nós para projetarmos "a sua Casa".
Seremos o reflexo do espaço que habitamos ou o espaço que habitamos é o nosso reflexo? Talvez a nossa casa não seja o local onde passamos a maior parte do dia, mas, ainda assim, é aquele onde esquecemos a formalidade do mundo exterior e nos permitimos relaxar, ser mais vulneráveis, pois é o sítio onde nos sentimos seguros. Inconscientemente, a nossa casa passa a ser parte de nós.Nesse sentido, num projeto de uma habitação, seja esta uma moradia ou um apartamento, tudo deve ser pensado em função da vivência do espaço, desde a forma, às cores e materiais utilizados, à relação com o exterior, à luz, ao diálogo e relação dos espaços interiores entre si, à própria decoração, de modo que quem o habita possa encontrar nas diferentes zonas, aquilo de que mais necessita, seja o aconchego, a paz, a privacidade, ou o contacto e proximidade com todos os que nele moram. Cabe ao arquiteto garantir as condições necessárias para que todos os espaços funcionem de forma coerente e harmoniosa, criando um resultado final que dê possibilidade ao futuro habitante de lhe dar o seu cariz pessoal e de lhe atribuir a sua identidade.
Embora, na idade adulta, a imagem da nossa casa ideal em nada se assemelhe ao mundo dos ‘hobbits’, a sua base essencial continua a ser a mesma: o sonho, o refúgio, a proteção…
Hoje, com 17 anos de experiência, numa relação com a arquitetura de muito trabalho e teimosia; com 15 anos de escola como colaboradora do arquiteto Fernando Jorge, que, sem dúvida, marcou todo o meu percurso profissional; e com dois anos de trabalho por conta própria em conjunto com um colega e amigo de longa data, não só nas habitações como em todos os outros espaços, esperamos continuar a conseguir contribuir para que cada projeto vá ao encontro dos sonhos de alguém.
Não consigo localizar o momento exato em que essa imagem da casa ideal se foi desvanecendo em mim, mas o caminho da vida fez com que me tornasse arquiteta e percecionasse o mundo de forma diferente, levando-me a questionar sobre o que realmente importa no espaço que habitamos e, dessa forma, poder estar mais próxima da vontade de todos os que confiam em nós para projetarmos "a sua Casa".
Seremos o reflexo do espaço que habitamos ou o espaço que habitamos é o nosso reflexo? Talvez a nossa casa não seja o local onde passamos a maior parte do dia, mas, ainda assim, é aquele onde esquecemos a formalidade do mundo exterior e nos permitimos relaxar, ser mais vulneráveis, pois é o sítio onde nos sentimos seguros. Inconscientemente, a nossa casa passa a ser parte de nós.Nesse sentido, num projeto de uma habitação, seja esta uma moradia ou um apartamento, tudo deve ser pensado em função da vivência do espaço, desde a forma, às cores e materiais utilizados, à relação com o exterior, à luz, ao diálogo e relação dos espaços interiores entre si, à própria decoração, de modo que quem o habita possa encontrar nas diferentes zonas, aquilo de que mais necessita, seja o aconchego, a paz, a privacidade, ou o contacto e proximidade com todos os que nele moram. Cabe ao arquiteto garantir as condições necessárias para que todos os espaços funcionem de forma coerente e harmoniosa, criando um resultado final que dê possibilidade ao futuro habitante de lhe dar o seu cariz pessoal e de lhe atribuir a sua identidade.
Embora, na idade adulta, a imagem da nossa casa ideal em nada se assemelhe ao mundo dos ‘hobbits’, a sua base essencial continua a ser a mesma: o sonho, o refúgio, a proteção…
Hoje, com 17 anos de experiência, numa relação com a arquitetura de muito trabalho e teimosia; com 15 anos de escola como colaboradora do arquiteto Fernando Jorge, que, sem dúvida, marcou todo o meu percurso profissional; e com dois anos de trabalho por conta própria em conjunto com um colega e amigo de longa data, não só nas habitações como em todos os outros espaços, esperamos continuar a conseguir contribuir para que cada projeto vá ao encontro dos sonhos de alguém.