Licenciou-se em Bordéus e estagiou no Rio de Janeiro. Estas duas realidades tão díspares conferiram a Lopes da Costa experiências muito enriquecedoras. Encetou a sua carreira em Portugal em 1984, fundando o seu atelier em Ovar. Com uma vasta experiência e uma equipa flexível, o Atelier d’Arquitectura Lopes da Costa, para além de todo o tipo de programas arquitetónicos, assegura as componentes do projeto nas suas diferentes especialidades, sempre com rigor e uma relação próxima com o cliente.
Que acaso fez com que se tivesse licenciado em França?
Foi uma oportunidade que me foi dada nos finais de 1977, numa altura em que o ensino em Portugal, sobretudo nas Belas Artes, atravessava um período conturbado. A escolha de França, Bordéus, prendeu-se com a forte ligação cultural e linguística que existia nessa época, bem como com a reputação que a escola de arquitetura de Bordéus gozava na altura. Ainda durante o período académico, tive oportunidade de estagiar no Rio de Janeiro, no Atelier do Arquiteto Sérgio Bernardes.
Quando nasceu o atelier Lopes da Costa e o que pretendeu trazer de novo ao mundo da arquitetura?
Como empresa, foi criado no ano de 1998, no entanto a estrutura foi nascendo e crescendo suportada na atividade de profissão liberal. A nossa ideia foi sempre trazer uma linguagem contemporânea, sem ideias pré-formatadas e com o máximo rigor no desenho e na execução e uma relação muito próxima com o cliente. A sensação que tínhamos é de que havia tudo para fazer. A nossa intenção foi criar a nossa própria linguagem, sem, no entanto, estarmos obcecados com isso, mas sobretudo não seguir modas ou estereótipos.
O atelier Lopes da Costa dedica-se também à arquitetura de interiores, remodelações e paisagismo. Há alguma área pela qual tenha predileção?
Os projetos de arquitetura são sem dúvida a área onde mais nos revemos e que mais nos entusiasma, abordando vários tipos de programas, desde o habitacional, que está sempre presente no atelier, até aos equipamentos, públicos e privados, em obra nova ou remodelação. Somos, no entanto, uma equipa muito flexível e com grande experiência noutras áreas.
"A nossa intenção foi criar a nossa própria linguagem (…), sobretudo não seguir modas ou estereótipos.”
"A nossa intenção foi criar a nossa própria linguagem (…), sobretudo não seguir modas ou estereótipos.”
Como asseguram todas as componentes do projeto nas suas diferentes especialidades?
A nossa preocupação em fornecer um trabalho completo e integrado faz com que associemos, se necessário, outras valências como o paisagismo, as engenharias e a gestão e fiscalização de obra. Neste sentido, temos colaboradores e gabinetes com quem trabalhamos regularmente e que agregamos à equipa conforme a tipologia do projeto e a vontade do cliente.
O futuro do atelier passa por conquistar novos mercados?
Nos últimos anos, temos tentado estar presentes em alguns mercados internacionais, nomeadamente em França, no Brasil e ainda em Moçambique e em Cabo Verde. É nossa intenção manter e reforçar a nossa presença nesses mercados e, se possível, conquistar outros, nunca esquecendo o nosso principal mercado que são os nossos clientes em Portugal.