Conhecemo-la dos ecrãs televisivos, do famoso programa Querido, Mudei a Casa!, e ninguém fica indiferente ao seu sorriso fácil e energia contagiante. Chama-se Rita Glória e é licenciada em Design de Interiores pelo IADE, em Lisboa. Muito antes desta formação superior, já andava de feira em feira com a sua mãe, também ela designer de interiores, a perceber e admirar as tendências do mundo da decoração. Do seu curriculum fazem parte uma passagem por um gabinete de arquitetura e também o seu trabalho com a decoradora Sofia Costa. Diz-nos que as viagens que faz são uma grande fonte de inspiração e que prefere desenvolver projetos em restaurantes, lojas, hotéis, já que lhe permitem um maior arrojo. Para a designer, uma decoração sem acessórios está inacabada, porque são eles que personalizam o espaço e contam a história de quem o habita. Doravante, Rita pretende consolidar, cada vez mais, a sua empresa e desenvolver projetos de maior dimensão e projeção.
Quando é que nasceu o seu interesse pela área do design de interiores?
Podemos dizer que cresci neste meio, já que a minha mãe é decoradora. Desde muito nova que andava de feira em feira a ver as novas tendências e a absorver várias culturas diferentes.
O que inspira Rita Glória?
Tudo um pouco, mas, sem dúvida, continuo a achar que as viagens fazem milagres na criatividade. Por vezes estamos com tanta pressão que nada como sair do nosso "cantinho” para darmos asas à imaginação.
Há alguma marca ou ‘assinatura’ que permita identificar um projeto como seu?
Penso que é um pouco por fases. Já foram as fitas de seda, agora talvez sejam as bricolages que gosto de fazer para personalizar cada espaço, identificando-o com quem o utiliza.
De que forma a sua participação/colaboração no programa televisivo Querido, Mudei a Casa! influenciou a sua carreira?
Eu adoro fazer o programa, e penso que isso se reflete no trabalho que apresento. Não sei se influenciou a minha carreira, mas a confiança que os meus clientes têm no meu trabalho aumentou de certeza!
Que tipo de espaços gosta mais de decorar?
Eu gosto muito de fazer restaurantes e lojas, pois, como são para uma estadia curta, permite-nos arrojar um pouco mais. Também gosto de intervir em hotéis. Adoraria fazer um do início ao fim, mas, por enquanto, tenho feito pequenas intervenções em quartos, salas de pequenos-almoços e lobbies.
"As pessoas entenderam o valor do nosso trabalho e perceberam também que, por vezes, não significa gastar mais”
É fácil conciliar o seu estilo, as suas ideias, com as pretensões dos clientes?
Cada vez é mais fácil, pois, como os clientes vão conhecendo melhor o meu trabalho, já sabem o que me caracteriza e sabem que vou sempre pensar no melhor para o espaço e para a sua vivência no mesmo.
O que não deve faltar numa casa em termos de decoração?
Acessórios! Para mim uma casa sem "tarecos” não está finalizada, são esses pequenos objetos que contam a história da família, e fazem com que se distinga uma casa da outra.
Considera que o interesse dos portugueses por recorrer a um designer de interiores tem vindo a crescer?
Sim, sem dúvida. As pessoas entenderam o valor do nosso trabalho e perceberam também que, por vezes, não significa gastar mais, mas sim dar funcionalidade, conforto, e objetivo a cada ambiente.
Há algum projeto desenvolvido por si pelo qual sinta particular orgulho ou predileção?
Estou neste momento a desenvolver um lobby, uma sala de pequenos-almoços e um pátio interior num hotel na figueira da foz: o "Hotel Wellington”. Estou muito satisfeita com o decorrer do processo. Acho que vai ficar um espanto!
O que ambiciona para o futuro?
Profissionalmente, ambiciono muito, quero, cada vez mais, consolidar o trabalho da minha empresa com projetos de maior dimensão e projeção, sempre valorizando os aspetos essenciais de funcionalidade, conforto e criatividade… muita criatividade!