Dizem que é ao centro que estão as virtudes. Pois bem, foi bem no centro de Portugal, na Beira Litoral, que Sílvia Bernardino viu, pela primeira vez, o mundo a cores. Leiria é a terra natal da arquiteta que, desde sempre, muito tem visto ser construído pelas ruas da cidade. Depois de uma infância vivida e a juventude sentida, eis que ruma a Coimbra para se licenciar em arquitetura pela Escola Universitária das Artes de Coimbra (EUAC). Corria o ano de 1998. Após anos dedicados aos projetos de arquitetura e de interiores, no ano 2000, lecionou numa escola da urbe. Anos depois, em 2007, funda o atelier ONZE – em parceria com o Arq.º Paulo Azevedo Pinto –, onde, até hoje, mantém a sua atividade profissional na cidade que a viu nascer. Não suficientemente realizada, em 2013, cria o projeto IMPROVISO, do qual é mentora. E ‘improvisar’... pois bem, é o que ela perfeitamente sabe fazer!
Quando idealizou a Improviso, em 2013, o que imaginou para o projeto?
Quem melhor do que um improvisador para descrever este nosso projeto. Deixo-vos um texto da Improvisadora Carla de Sousa, que descreve o que é para mim ‘improvisar’: "Em dezembro de 2013, nasceu, em Leiria, sob a batuta da arquiteta Sílvia Bernardino o primeiro IMPROVISO. Uma pop up store (...). Num espaço amplo pronto a ser vivido por um conjunto de criadores de várias áreas onde o mote do produto português se assumia como afirmação e fonte de inspiração. Recordo que em frente à porta lateral que, pela primeira vez, me conduziu ao espaço, havia uma frase tatuada na parede: ‘Eu não sei viver. Estou a improvisar.’ Não há coincidências, costumo dizer. Ali, só fazia sentido um IMPROVISO. Nome que sugeri ao grupo e que fez sentido a todos.Recordo, ainda, o desafio da minha amiga Sílvia com um sorriso e enorme carinho por ter sido escolhida para este projeto. Foi feito por um telefonema ao início da tarde de uma segunda-feira. Quando aceitei (como podia recusar?!), perguntei: e quando abrimos? Resposta pronta do outro lado (depois de um sorriso): Sábado que vem! A aventura começava assim. A dinâmica da equipa e os desafios lançados pela sua mentora aos seus ‘improvisadores’ tornaram a montagem da loja, feita em escassos dias, num foco diário de adrenalina e boa disposição. Foi um espaço vivido intensamente por todos e esse espírito tem-se mantido de Improviso em Improviso (...). Ainda nos esperavam mais novidades. Outros Improviso(s) surgiram, mas é em S. Pedro de Moel que o meu sorriso me espera, estando, neste momento, a preparar, para breve, abrir portas neste verão 2020.”
Os seus interesses vão para além da arquitetura?
Sim! Adoro improvisar, fotografar, viajar, colecionar, estar com os amigos e até descobri, pelos últimos meses, que até gosto de cozinhar! (risos)
É uma dinamizadora cultural em Leiria. É orgulho e vontade de fazer mais pela terra que a viu nascer?
Gosto de Improvisar! De dizer sim aos desafios de vida que vão surgindo. É com um sorriso que participo num festival da cidade a fazer intervenção urbana, a fotografar palavras num blogue, ou rodeada de 50 fotógrafos como no primeiro instameet da cidade, ou em oficinas e workshops no bonito edifício do Moinho do Papel a visitar em Leiria. Seja, atualmente, a integrar a candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura | Rede Cultura 2027, ou simplesmente a colaborar, recentemente, com a OA pelo centro [integra a lista vencedora – a lista C].
"ADORO IMPROVISAR, FOTOGRAFAR, VIAJAR, COLECIONAR, ESTAR COM OS AMIGOS E ATÉ DESCOBRI, PELOS ÚLTIMOS MESES, QUE ATÉ GOSTO DE COZINHAR!”
Em termos arquitetónicos, o que a inspira?
As pessoas, os seus gostos; as expectativas, os seus sentires; os locais, usando materiais provenientes da zona, assim como os artesãos locais; o primeiro risco, cada obra tem de contar uma estória. O risco – de riscar – é a minha profissão. (risos)
Qual foi o projeto mais desafiante que já desenvolveu?
A renovação das Piscinas Oceânicas de Oeiras. O desafio era simples, dar nova vida às piscinas, o relógio é que não avançava a favor! Visitei, num dia chuvoso de inverno, umas piscinas desertas e sem cor. Era necessário fazer uma intervenção para que, no verão seguinte, abrissem portas. Decidi juntar à equipa mais um arquiteto, Filipe Gonçalves, e um escritor, Paulo Kellerman. A apresentação da ideia seria, então, uma viagem 3D acompanhada de uma estória: "uma gota de água que queria mergulhar”. A viagem mostrava em 3D a ideia a apresentar ao júri: projeto, obra e interiores. Ainda hoje sorrio ao lembrar o espírito de equipa que se conseguiu criar, tanto em quem em nós acreditou, como na equipa fantástica que levei comigo da cidade de Leiria.
Que significado teve para si o facto de ter sido reconhecida com o prémio Margres Architecture Award 2019?
Um grande sorriso! Há projetos e clientes que merecem ‘prémio’. Este prémio foi, pela primeira vez, atribuído a uma mulher e foi desenhado de mulher para mulher (risos). É a prova de que podemos fazer acontecer. É o reconhecimento da nossa arte, do nosso trabalho. Estou feliz!
Quando idealizou a Improviso, em 2013, o que imaginou para o projeto?
Quem melhor do que um improvisador para descrever este nosso projeto. Deixo-vos um texto da Improvisadora Carla de Sousa, que descreve o que é para mim ‘improvisar’: "Em dezembro de 2013, nasceu, em Leiria, sob a batuta da arquiteta Sílvia Bernardino o primeiro IMPROVISO. Uma pop up store (...). Num espaço amplo pronto a ser vivido por um conjunto de criadores de várias áreas onde o mote do produto português se assumia como afirmação e fonte de inspiração. Recordo que em frente à porta lateral que, pela primeira vez, me conduziu ao espaço, havia uma frase tatuada na parede: ‘Eu não sei viver. Estou a improvisar.’ Não há coincidências, costumo dizer. Ali, só fazia sentido um IMPROVISO. Nome que sugeri ao grupo e que fez sentido a todos.Recordo, ainda, o desafio da minha amiga Sílvia com um sorriso e enorme carinho por ter sido escolhida para este projeto. Foi feito por um telefonema ao início da tarde de uma segunda-feira. Quando aceitei (como podia recusar?!), perguntei: e quando abrimos? Resposta pronta do outro lado (depois de um sorriso): Sábado que vem! A aventura começava assim. A dinâmica da equipa e os desafios lançados pela sua mentora aos seus ‘improvisadores’ tornaram a montagem da loja, feita em escassos dias, num foco diário de adrenalina e boa disposição. Foi um espaço vivido intensamente por todos e esse espírito tem-se mantido de Improviso em Improviso (...). Ainda nos esperavam mais novidades. Outros Improviso(s) surgiram, mas é em S. Pedro de Moel que o meu sorriso me espera, estando, neste momento, a preparar, para breve, abrir portas neste verão 2020.”
Os seus interesses vão para além da arquitetura?
Sim! Adoro improvisar, fotografar, viajar, colecionar, estar com os amigos e até descobri, pelos últimos meses, que até gosto de cozinhar! (risos)
É uma dinamizadora cultural em Leiria. É orgulho e vontade de fazer mais pela terra que a viu nascer?
Gosto de Improvisar! De dizer sim aos desafios de vida que vão surgindo. É com um sorriso que participo num festival da cidade a fazer intervenção urbana, a fotografar palavras num blogue, ou rodeada de 50 fotógrafos como no primeiro instameet da cidade, ou em oficinas e workshops no bonito edifício do Moinho do Papel a visitar em Leiria. Seja, atualmente, a integrar a candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura | Rede Cultura 2027, ou simplesmente a colaborar, recentemente, com a OA pelo centro [integra a lista vencedora – a lista C].
"ADORO IMPROVISAR, FOTOGRAFAR, VIAJAR, COLECIONAR, ESTAR COM OS AMIGOS E ATÉ DESCOBRI, PELOS ÚLTIMOS MESES, QUE ATÉ GOSTO DE COZINHAR!”
Em termos arquitetónicos, o que a inspira?
As pessoas, os seus gostos; as expectativas, os seus sentires; os locais, usando materiais provenientes da zona, assim como os artesãos locais; o primeiro risco, cada obra tem de contar uma estória. O risco – de riscar – é a minha profissão. (risos)
Qual foi o projeto mais desafiante que já desenvolveu?
A renovação das Piscinas Oceânicas de Oeiras. O desafio era simples, dar nova vida às piscinas, o relógio é que não avançava a favor! Visitei, num dia chuvoso de inverno, umas piscinas desertas e sem cor. Era necessário fazer uma intervenção para que, no verão seguinte, abrissem portas. Decidi juntar à equipa mais um arquiteto, Filipe Gonçalves, e um escritor, Paulo Kellerman. A apresentação da ideia seria, então, uma viagem 3D acompanhada de uma estória: "uma gota de água que queria mergulhar”. A viagem mostrava em 3D a ideia a apresentar ao júri: projeto, obra e interiores. Ainda hoje sorrio ao lembrar o espírito de equipa que se conseguiu criar, tanto em quem em nós acreditou, como na equipa fantástica que levei comigo da cidade de Leiria.
Que significado teve para si o facto de ter sido reconhecida com o prémio Margres Architecture Award 2019?
Um grande sorriso! Há projetos e clientes que merecem ‘prémio’. Este prémio foi, pela primeira vez, atribuído a uma mulher e foi desenhado de mulher para mulher (risos). É a prova de que podemos fazer acontecer. É o reconhecimento da nossa arte, do nosso trabalho. Estou feliz!