
Atualmente, a cozinha é uma das divisões da casa mais valorizadas?
Penso que ainda não, pelo menos do ponto de vista da antropologia e psicologia ambiental. Mas a cozinha é uma das divisões mais usadas da casa, em horas bastante específicas e importantes do dia, no âmbito da dinâmica familiar para muitos dos agregados. É o local onde preparámos e tomámos as refeições mais importantes e onde a luz e o conforto determinam e influenciam os restantes espaços, se estivermos a falar de uma casa.
No caso de uma empresa, será um espaço em que se fazem as pausas durante o dia, em que certamente se pode conversar e permanecer para almoçar. É um local onde as questões técnicas, à partida, não são tão exigentes. Neste caso, o espaço deverá ser calmo, não interferindo com a restante área da empresa, quer do ponto de vista do ruído ou dos cheiros, e deve estar bem iluminado com luz natural, assim como equipado e, de preferência, com espaço interior e exterior acompanhado de uma vista infindável sobre um jardim, uma floresta, ou o meio onde se insira.
Já em restauração, deve estabelecer-se uma relação visual com os clientes, para que funcione de forma empática e verdadeira e se estabeleça uma relação de confiança e fidelização.
É especialmente difícil projetar um desenho para um espaço como este?
As premissas são as mesmas para o desenho de qualquer outro espaço: funcionalidade, pragmatismo, agilização de funções, cores, conforto, controlo de luz natural e artificial e relação com o exterior, para que o propósito seja o mais fácil e confortável possível.
"Gosto (...) de cozinhas em contacto direto com o exterior”
Que decoração escolher, para a cozinha de um chef?
Acima de tudo, a que reflita assertivamente a identidade do chef. Existem cozinhas mais minimalistas, porque o prato que se confeciona e se apresenta assim o é. Como também temos outras que vão exigir um ambiente mais natural, ou seja, ligado à terra, ao meio onde se inserem e ao processo de confeção.
Recentemente estive na cozinha do chef Cesar, no restaurante FOCO, onde o fogo é o instrumento secreto para uma confeção e degustação focada no sabor final e na autenticidade dos produtos. Diria que, nesta cozinha, o chef recriou dois mundos – o minimalista com o artesanal – e juntou-os num só, resultando num ambiente informal e descontraído, que proporciona experiências inesquecíveis.
Quais são as tendências mais recentes, ao nível de cores e materiais, para a cozinha?
Dependerá muito da identidade da pessoa, do espaço e da casa. Gosto especialmente de cozinhas em contacto direto e generoso com o exterior, que permitam a construção de uma horta, promovendo uma relação direta entre a terra, a confeção e a alimentação. Uma cozinha virada para nascente, de forma a termos contacto direto com os primeiros raios de sol, assim como revestida de tons claros ou de materiais naturais, como é o caso da madeira ou a pedra, de fácil utilização e manutenção. Com o mínimo de materiais colocados, uma boa iluminação artificial e muitas plantas, tornar-se-á, com certeza, um espaço reconfortante, saudável e confortável. Este tipo de cozinha coloca a zona de jantar em segundo plano, uma vez que os princípios do desenho promovem a socialização e o envolvimento nas tarefas que lhe são inerentes. Atualmente, existem eletrodomésticos que permitem colocar a cozinha em qualquer ponto da casa, sem recurso a sistemas de exaustão ou confeção visíveis. Estas facilidades permitem desenhar um espaço sem grande ruído visual ou, então, sem superfícies frias e pouco amigáveis.
Penso que ainda não, pelo menos do ponto de vista da antropologia e psicologia ambiental. Mas a cozinha é uma das divisões mais usadas da casa, em horas bastante específicas e importantes do dia, no âmbito da dinâmica familiar para muitos dos agregados. É o local onde preparámos e tomámos as refeições mais importantes e onde a luz e o conforto determinam e influenciam os restantes espaços, se estivermos a falar de uma casa.
No caso de uma empresa, será um espaço em que se fazem as pausas durante o dia, em que certamente se pode conversar e permanecer para almoçar. É um local onde as questões técnicas, à partida, não são tão exigentes. Neste caso, o espaço deverá ser calmo, não interferindo com a restante área da empresa, quer do ponto de vista do ruído ou dos cheiros, e deve estar bem iluminado com luz natural, assim como equipado e, de preferência, com espaço interior e exterior acompanhado de uma vista infindável sobre um jardim, uma floresta, ou o meio onde se insira.
Já em restauração, deve estabelecer-se uma relação visual com os clientes, para que funcione de forma empática e verdadeira e se estabeleça uma relação de confiança e fidelização.
É especialmente difícil projetar um desenho para um espaço como este?
As premissas são as mesmas para o desenho de qualquer outro espaço: funcionalidade, pragmatismo, agilização de funções, cores, conforto, controlo de luz natural e artificial e relação com o exterior, para que o propósito seja o mais fácil e confortável possível.
"Gosto (...) de cozinhas em contacto direto com o exterior”
Que decoração escolher, para a cozinha de um chef?
Acima de tudo, a que reflita assertivamente a identidade do chef. Existem cozinhas mais minimalistas, porque o prato que se confeciona e se apresenta assim o é. Como também temos outras que vão exigir um ambiente mais natural, ou seja, ligado à terra, ao meio onde se inserem e ao processo de confeção.
Recentemente estive na cozinha do chef Cesar, no restaurante FOCO, onde o fogo é o instrumento secreto para uma confeção e degustação focada no sabor final e na autenticidade dos produtos. Diria que, nesta cozinha, o chef recriou dois mundos – o minimalista com o artesanal – e juntou-os num só, resultando num ambiente informal e descontraído, que proporciona experiências inesquecíveis.
Quais são as tendências mais recentes, ao nível de cores e materiais, para a cozinha?
Dependerá muito da identidade da pessoa, do espaço e da casa. Gosto especialmente de cozinhas em contacto direto e generoso com o exterior, que permitam a construção de uma horta, promovendo uma relação direta entre a terra, a confeção e a alimentação. Uma cozinha virada para nascente, de forma a termos contacto direto com os primeiros raios de sol, assim como revestida de tons claros ou de materiais naturais, como é o caso da madeira ou a pedra, de fácil utilização e manutenção. Com o mínimo de materiais colocados, uma boa iluminação artificial e muitas plantas, tornar-se-á, com certeza, um espaço reconfortante, saudável e confortável. Este tipo de cozinha coloca a zona de jantar em segundo plano, uma vez que os princípios do desenho promovem a socialização e o envolvimento nas tarefas que lhe são inerentes. Atualmente, existem eletrodomésticos que permitem colocar a cozinha em qualquer ponto da casa, sem recurso a sistemas de exaustão ou confeção visíveis. Estas facilidades permitem desenhar um espaço sem grande ruído visual ou, então, sem superfícies frias e pouco amigáveis.