O futuro será mais do que apenas elétrico
João Trincheiras
O desenho à mão numa era de tecnologia
Marta Castillo
O design anónimo
José Carlos Nunes de Oliveira
Arquiteto e Fundador da NOARQ
A segunda revolução industrial, pensada por Frederick Taylor e aplicada por Henry Ford, entre as inúmeras garantias que trouxe às nossas vidas, cujas relações de dependência já não imaginamos excluídas dos nossos hábitos, trouxe também uma nova (cons)ciência profissional – o design.
O design industrial, ou a subdesignação design de produto (termo que não aprecio, por retirar sentido à relevância do fenómeno que lhe dá origem – a indústria! Não existe design sem indústria!) é a disciplina invisível de suporte a cada fração das nossas rotinas diárias.
O design industrial é, hoje, o substrato inconsciente das nossas vidas. Por tudo isto, interessa-me enaltecer o sentido coletivo intrínseco nos processos design industrial, representado por criadores como Henry Dreyfuss.
O príncipe do design utilitário, Dieter Rams, dizia que se o "design é um processo, o design industrial é um trabalho de equipa que envolve muita gente”. Distinguir, por isso, o esforço do projeto coletivo, a inovação e o avanço civilizacional implícitos no surgimento do design de produto como disciplina; celebrar a generosidade do design dos produtos utilitários, triviais e anónimos, parece-me mais importante do que aclamar a iconografia histórica do design de culto, por vezes de luxo, representado por alguns nomes contemporâneos bem conhecidos.
Sem desvirtuar a eloquência que os processos artesanais permitem às individualidades criativas atingir, é sobretudo importante recordar a dignificação da vida humana e a democratização da qualidade que os processos de design concederam à civilização.
Se no campo da arquitetura é consensual a importância vertebral do design industrial, que vai desde a standardização dos seus componentes às embalagens e instrumentos dos artesãos; das condutas, grelhas e cabos aos interruptores, autoclismos e peças sanitárias; das caixilharias às ferragens… é também do senso comum que, apesar do crescente contributo do design industrial, a arquitetura continua a não ser um produto e está longe de conquistar os atributos que qualificam os processos de design. Cada peça de arquitetura é, ainda, e apesar do somatório de produtos standard de que é munida, um protótipo.
O design industrial, ou a subdesignação design de produto (termo que não aprecio, por retirar sentido à relevância do fenómeno que lhe dá origem – a indústria! Não existe design sem indústria!) é a disciplina invisível de suporte a cada fração das nossas rotinas diárias.
O design industrial é, hoje, o substrato inconsciente das nossas vidas. Por tudo isto, interessa-me enaltecer o sentido coletivo intrínseco nos processos design industrial, representado por criadores como Henry Dreyfuss.
O príncipe do design utilitário, Dieter Rams, dizia que se o "design é um processo, o design industrial é um trabalho de equipa que envolve muita gente”. Distinguir, por isso, o esforço do projeto coletivo, a inovação e o avanço civilizacional implícitos no surgimento do design de produto como disciplina; celebrar a generosidade do design dos produtos utilitários, triviais e anónimos, parece-me mais importante do que aclamar a iconografia histórica do design de culto, por vezes de luxo, representado por alguns nomes contemporâneos bem conhecidos.
Sem desvirtuar a eloquência que os processos artesanais permitem às individualidades criativas atingir, é sobretudo importante recordar a dignificação da vida humana e a democratização da qualidade que os processos de design concederam à civilização.
Se no campo da arquitetura é consensual a importância vertebral do design industrial, que vai desde a standardização dos seus componentes às embalagens e instrumentos dos artesãos; das condutas, grelhas e cabos aos interruptores, autoclismos e peças sanitárias; das caixilharias às ferragens… é também do senso comum que, apesar do crescente contributo do design industrial, a arquitetura continua a não ser um produto e está longe de conquistar os atributos que qualificam os processos de design. Cada peça de arquitetura é, ainda, e apesar do somatório de produtos standard de que é munida, um protótipo.