Magia ao estilo do mundo dos ‘hobbits’
Catarina Araújo
Quo vadis, Luxus? Uma nova visão
António Paraíso
Consultor de Marketing de Luxo
O luxo, enquanto fenómeno sociológico de consumo, rege-se por códigos muito próprios, sendo a exclusividade, a criatividade, a qualidade superior, as emoções e o preço alto, os seus ingredientes fundamentais. Destes, naturalmente, decorrem outros como a personalização, as experiências de compra e uso, a raridade, a simbologia, o status, a cultura ou o savoir-faire, sempre em busca da excelência.
Ao longo dos séculos, o luxo foi mudando, nunca para agradar ao mercado – porque não é, nem nunca foi, essa a sua vocação, bem pelo contrário –, mas por força da evolução natural da sociedade. E, nesse percurso, houve pontos de inflexão, que exigiram rompimento com alguns dos códigos vigentes em cada época.
No tempo dos Imperadores Romanos, o consumo luxuoso era marcado pela extravagância sem limites; no Renascimento, estava associado à ostentação; e, no século XIX, assumiu maior simplicidade e refinamento, pela incorporação de atributos intangíveis.
Na última década, a sustentabilidade assumiu importância estratégica para todas as marcas da excelência. Consequentemente, todas têm implementado políticas profundas de responsabilidade social e ambiental. Mas há um facto novo e recente que, na minha opinião, configura um verdadeiro momento de viragem na história do luxo.
O grupo Kering, proprietário das marcas Gucci, Saint Laurent e Balenciaga, entre outras, anunciou este mês que acredita no futuro do projeto Vestiaire Collective, uma plataforma digital de venda de artigos de luxo em segunda mão, e investiu na compra de capital dessa empresa, assumindo um lugar na sua administração.
A venda online de artigos de luxo usados aumenta o tempo de vida dos produtos e reduz desperdício, mas causa dano nos conceitos de exclusividade, experiência sedutora de compra, personalização, status e preço alto, que sempre estiveram na base daquilo que o luxo é e representa. Creio que estamos a assistir a um ponto de inflexão na história do luxo.
Ao longo dos séculos, o luxo foi mudando, nunca para agradar ao mercado – porque não é, nem nunca foi, essa a sua vocação, bem pelo contrário –, mas por força da evolução natural da sociedade. E, nesse percurso, houve pontos de inflexão, que exigiram rompimento com alguns dos códigos vigentes em cada época.
No tempo dos Imperadores Romanos, o consumo luxuoso era marcado pela extravagância sem limites; no Renascimento, estava associado à ostentação; e, no século XIX, assumiu maior simplicidade e refinamento, pela incorporação de atributos intangíveis.
Na última década, a sustentabilidade assumiu importância estratégica para todas as marcas da excelência. Consequentemente, todas têm implementado políticas profundas de responsabilidade social e ambiental. Mas há um facto novo e recente que, na minha opinião, configura um verdadeiro momento de viragem na história do luxo.
O grupo Kering, proprietário das marcas Gucci, Saint Laurent e Balenciaga, entre outras, anunciou este mês que acredita no futuro do projeto Vestiaire Collective, uma plataforma digital de venda de artigos de luxo em segunda mão, e investiu na compra de capital dessa empresa, assumindo um lugar na sua administração.
A venda online de artigos de luxo usados aumenta o tempo de vida dos produtos e reduz desperdício, mas causa dano nos conceitos de exclusividade, experiência sedutora de compra, personalização, status e preço alto, que sempre estiveram na base daquilo que o luxo é e representa. Creio que estamos a assistir a um ponto de inflexão na história do luxo.